Geralmente, para ser diagnosticado com transtorno de ansiedade – que também pode ser chamado de transtorno de ansiedade generalizada ou simplesmente TAG – o paciente precisa apresentar esses sinais por pelo menos seis meses, e ainda estar acompanhado de, ao menos mais três dos sintomas abaixo:

• Fadiga;
• Inquietação;
• Dificuldade de concentração;
• Tensão muscular;
• Irritabilidade;
• Perturbação do sono;

Contudo, também há indícios de outros sintomas que podem estar relacionados ao transtorno de ansiedade:

• Falta de ar;
• Palpitação;
• Aperto no peito;
• Aumento da pressão arterial;
• Dores de cabeça e musculares;
• Taquicardia;
• Alteração de hábitos intestinais;
• Náuseas;
• Sudorese excessiva;
• Problemas no trato digestivo, tais como: vontade de vomitar, gases, diarreia, constipação, dores no estômago, cólicas e inchaço.

Ficar ansioso é considerado uma reação natural que antecede algumas situações que podem provocar expectativas, dúvidas ou medo, como por exemplo:

• O nascimento de um filho;
• Uma viagem;
• Um procedimento cirúrgico;
• A espera pela publicação dos aprovados no vestibular;
• Uma entrevista de emprego;
• A estréia de um espetáculo, filme ou série;
• Um momento delicado financeiramente;
• A espera para o pênalti ser cobrado;
• Dentre outros.

A ansiedade natural serve como um alerta para o que está por vir, e mesmo sendo de difícil controle, é adaptável às condições da vida.

Nos casos dos transtornos de ansiedade generalizados, esses níveis de ansiedade são potencializados de modo totalmente desproporcional diante das situações que provocam expectativa, dúvida ou medo.

O TAG ocorre sem motivo aparente para tamanha angústia, mas tende a causar sofrimento, interferindo diretamente na qualidade de vida, podendo afetar ainda, todo o círculo de convívio, desde o familiar até o social e o profissional.

O transtorno de ansiedade generalizado pode afetar pessoas de qualquer idade, não tendo uma faixa etária específica para acontecer.

De acordo com pesquisas, o transtorno de ansiedade acomete mais as mulheres do que os homens, mas isso não é uma regra.

Fatores que aumentam o risco da doença

Alguns estudos apontam que o transtorno de ansiedade generalizado está associado aos neurotransmissores que proporcionam ao cérebro a sensação de bem-estar e felicidade, ou seja, está diretamente relacionado aos hormônios serotonina, dopamina e norepinefrina.

Porém, existem ainda, alguns fatores que podem contribuir para a ocorrência do transtorno de ansiedade:

• Baixa qualidade de vida;
• Quando a pessoa tem traços de ansiedade na sua personalidade;
• Em razão genética / hereditária;
• Vivência de algum trauma de infância;
• Presenciar situações dramáticas quando criança;
• Questões hormonais. Por isso o fato das mulheres serem mais diagnosticadas com o TAG do que os homens;
• Situações de estresse;
• Alimentação desregulada;
• Uso excessivo de tabaco / nicotina;
• Consumo excessivo de álcool;
• Uso de drogas ilícitas, e também as lícitas, essas se forem sem a devida prescrição;
• Condição crônica de saúde ou doença grave, como o câncer, por exemplo, que pode levar a preocupações com o futuro incerto.

Além do transtorno de ansiedade

Além do TAG, outros distúrbios podem estar ligados à ansiedade patológica, entre eles:

• Síndrome do Pânico – que surge sem razão, podendo durar poucos minutos ou ser mais longo. Caracterizado pela angústia, medo de sair de casa, medo da morte, tremores, falta de ar, taquicardia, dores no peito, dentre outros.
• Fobias – que consiste em um medo irracional de diferentes coisas, como por exemplo: lugares fechados, insetos, altura, entre outros.
• Agorafobia – medo acerca de situações como: uso de transporte público, permanecer em locais espaços abertos ou locais fechados, sair de casa sozinho e ficar em meio a uma multidão. Estas situações provocam medo e ansiedade sendo ativamente evitadas.

Tratamento do transtorno de ansiedade

O principal objetivo do tratamento para o transtorno de ansiedade generalizada é tentar fazer o paciente agir de forma normal no dia a dia, colocando certos limites às suas preocupações.

Geralmente, o tratamento consiste em uma combinação de medicamentos com a TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental. Estudos comprovam que a combinação desses dois elementos mostra mais eficácia no tratamento.

A medicação deve ser prescrita por profissional especializado (psiquiatra, clínico geral ou neurologista) e geralmente persiste por meses, até anos, devendo ser interrompida somente com a devida orientação médica.

Já a terapia, ajudará na compreensão comportamental e dará orientação de como controlar a ansiedade, diminuindo o sentimento de impotência.

Buscar ajuda e fazer algumas alterações no estilo de vida são fatores essenciais para corroborar para uma boa recuperação.