Síndrome de Burnout
Conhecida como esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico que necessita de tratamento médico.
Caracterizada pela exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal decorrentes do estresse crônico com o trabalho, o distúrbio afeta principalmente profissionais entre os 30 e 45 anos.

Em geral, pessoas que trabalham com educação, saúde e mulheres que enfrentam jornada dupla tendem a correr maior risco de desenvolver a síndrome. E é preciso identificar os sintomas para pedir ajuda ao seu médico psiquiatra.
Sintomas da síndrome
A síndrome de Burnout causa a sensação de esgotamento físico e emocional. E por causa disso, atitudes negativas podem ser sintomas deste distúrbio, como:
- Faltas no trabalho;
- Irritabilidade e agressividade;
- Sintomas ansiosos;
- Sintomas Depressivos;
- Pessimismo;
- Baixa autoestima.
É importante entender que outros sintomas também podem estar associados, sintomas físicos como:
- Sudorese;
- Crises de asma;
- Enxaqueca;
- Dores de cabeça;
- Cansaço;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Insônia.
Ao perceber esse tipo de sintoma, é importante que o paciente procure auxílio de um psiquiatra. Que é um os especialistas capacitado para realizar o diagnóstico e tratamento da síndrome.
Diagnóstico de Burnout
O diagnóstico de síndrome de Burnout não é feito rapidamente. Por ser um diagnóstico clínico o psiquiatra leva vários aspectos em consideração.
Portanto, para fechar o diagnóstico com precisão é preciso mais de uma visita ao consultório. De modo que o profissional de saúde possa avaliar a história do paciente, seu envolvimento e realização pessoal relacionados à vida profissional.
Tratamento de Burnout
Após ser diagnosticado com a síndrome, o paciente começa o tratamento que inclui, na maioria das vezes, o uso de antidepressivo e psicoterapia.
Outra indicação muito importante para o tratamento é a prática de uma atividade física que o paciente prefira.
A atividade física é responsável por auxiliar no relaxamento e garantir que o paciente tenha momentos de descontração e lazer. Por isso mesmo, é uma parte importante do tratamento da síndrome de Burnout.
Contribuindo para que o paciente tenha prazer em atividades de seu dia a dia que não estão relacionadas ao trabalho.
A necessidade de adotar um novo estilo de vida
As mudanças no estilo de vida podem ser a melhor maneira de auxiliar no tratamento medicamentoso e psicoterápico.
No entanto, não existe a necessidade de se demitir ou tomar alguma decisão radical. O ideal é que com a psicoterapia e seus avanços o paciente comece a perceber quais são os aspectos de sua vida que precisam ser ajustados.
Propor uma nova rotina em sua família ou ambiente de trabalho é uma boa maneira de adotar um estilo de vida mais saudável.
Sempre avaliando o lado positivo e negativo de todas as suas decisões. Visando favorecer a sua saúde física e emocional. De modo que o tratamento seja favorecido pelas boas decisões.
Cuidado com o consumo de álcool
É muito comum que pacientes com síndrome de Burnout consumam álcool como uma forma de lidar com sintomas ansiosos e depressivos. Que são sintomas percebidos pelos pacientes com a síndrome.
Apesar de ser comum, não é saudável se exceder no álcool ou sequer consumir a bebida durante o tratamento. Tendo em vista que o uso de antidepressivo não deve ser combinado com o consumo de álcool.
Quem sofre com a síndrome muitas vezes não percebe os sinais e acaba consumindo álcool para usufruir da euforia proporcionada pela bebida.
Mas esse efeito passa e o ideal é que os sintomas físicos e emocionais sejam percebidos e corretamente tratados.
Pedir ajuda médica não é um sinal de fraqueza ou motivo para vergonha. Se cuidar deve ser sempre um dos seus principais objetivos.
O tratamento médico não poderá ocasionar qualquer tipo de punição ou dificuldade na sua rotina de trabalho. Portanto, o ideal é procurar ajuda quando suspeitar que sua saúde não está bem.
Dr. Anderson Silva
CRMSP 152951 - RQE 61217
- Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
- Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
- Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
- Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
- Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
- Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
- Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
- Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
- Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
- Especialização em Dependência Química na USP;
- Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
- Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);